«Luta, sexo e droga», ou no título original «The Football Factory», é um filme inglês sobre hooligans, sobre o modo como vivem alguns desses hooligans fora dos estádios - até porque aqui neste filme pouco ou nada se vêm manifestações do desporto propriamente dito, nem um pedaço de relva de um estádio durante um jogo se vê durante o filme.
Submetendo este filme a uma abordagem mais abrangente, querendo tirar conclusões sobre estes grupos e a sociedade que trata, fica ideia do drama social de indivíduos que lutam – no sentido físico do termo -, que lutam pelo simples facto de gostarem de lutar e de apreciarem a violência. Apreciam-na como modo de vida e como afirmação social, chegando mesmo a ser um modo de expressão cultural, explicável quando falham ou são remetidos para segundo plano outros valores culturais. Nesta obra cinematográfica os hooligans, para além de violentos, são também retratados como consumidores de drogas de todo o tipo e fiéis amigos do álcool na forma de cerveja. Não sei se propositado ou não, mas nem sequer vemos emblemas dos clubes – algo que pode significar a enfatização de que o clube ou o desporto em si pouco importam aqui, o que vale é o gosto pela violência e comportamentos desviantes.
A carga dramática é intensificada com a introdução e participação no enredo de personagens que pertencem a um passado, a uma geração que teve de lutar com orgulho na 2ª Guerra Mundial contra os Nazis. Estes heróis de guerra – representados na figura do avô da personagem principal – simbolizam uma época em que recorria à violência, mas somente como resposta inevitável a forças que atentavam contra valores nobres como a liberdade. No fundo, a leitura e principal mensagem que, na minha opinião, se pode tirar deste filme é a chamada de atenção para um problema social, um que afecta Inglaterra, mas também outros países desenvolvidos: as gerações de jovens que enveredam pela irreverência, com base na violência, sem qualquer causa nobre ou sentido para essa atitude, para além do simples gosto pela agressão!
A carga dramática é intensificada com a introdução e participação no enredo de personagens que pertencem a um passado, a uma geração que teve de lutar com orgulho na 2ª Guerra Mundial contra os Nazis. Estes heróis de guerra – representados na figura do avô da personagem principal – simbolizam uma época em que recorria à violência, mas somente como resposta inevitável a forças que atentavam contra valores nobres como a liberdade. No fundo, a leitura e principal mensagem que, na minha opinião, se pode tirar deste filme é a chamada de atenção para um problema social, um que afecta Inglaterra, mas também outros países desenvolvidos: as gerações de jovens que enveredam pela irreverência, com base na violência, sem qualquer causa nobre ou sentido para essa atitude, para além do simples gosto pela agressão!
O narrador chega a dizer numa das suas introspecções, enquanto observamos uma cena de pancadaria envolvendo vários “hooligans” rivais: “…não há mais nada de interessante para fazer num sábado à tarde…”
Infelizmente é uma realidade de hoje em dia. Talvez o Avô que viveu e presenciou e teve de sobreviver à violencia não veja com os mesmos olhos essas atitudes.
ResponderEliminar" A guerra é doce para aqueles que não a experimentam."
Especialmente quando não há grandes causas a ela associadas...
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