Ainda tenho o DVD do filme «Destruir depois de ler» a rodar no leitor e os créditos a passar na televisão, mas nem por isso posso evitar de deixar já aqui umas considerações sobre esta excelente obra dos irmãos Coen. «Destruir depois de ler» é um quase filme de espionagem em que a marca dos conhecidos realizadores salta à vista – cenas inesperadas, personagens ingénuas e colocadas em situações altamente improváveis que fazem funcionar todo o enredo.
Salientava aqui sobre o filme algo que me fez escrever estas palavras de imediato: o valor e importância de saber lidar com a informação. Toda a trama é sobre isso mesmo, ter ferramentas cognitivas para saber lidar com a informação com que somos confrontados – seja qual for o modo como a obtemos.
Será que nós, cidadão de um mundo globalizado a viver na era da informação também, temos todo o saber e destreza intelectual para lidar com todo o saber com que somos bombardeados todos os dias?
Acho que é caso para perguntar: temos formação para lidar com toda a informação que nos "dão" ou querem impingir?
Salientava aqui sobre o filme algo que me fez escrever estas palavras de imediato: o valor e importância de saber lidar com a informação. Toda a trama é sobre isso mesmo, ter ferramentas cognitivas para saber lidar com a informação com que somos confrontados – seja qual for o modo como a obtemos.
Será que nós, cidadão de um mundo globalizado a viver na era da informação também, temos todo o saber e destreza intelectual para lidar com todo o saber com que somos bombardeados todos os dias?
Acho que é caso para perguntar: temos formação para lidar com toda a informação que nos "dão" ou querem impingir?
Eu responderia à tua segunda indagação simplesmente: Não!
ResponderEliminarBasta recordar dois pontos com pesos diferentes na minha reflexão. Primeiro, o exemplo cabal da informação que é a internet. Esta inicialmente, se é que ainda muitos recordam, foi baptizada por "auto-estrada do conhecimento", apenas para ser rebaptizada 'momentos' depois de "informação". Aqui a alteração revela inteligência e bom senso.
De facto informação há em abundância em todo o nosso redor, em verdade, por mais que a processemos, somos incapazes de a processar integralmente e automaticamente.
O segundo ponto é precisamente tudo o que não temos consciência que absorvemos, abençoado subconsciente... Imaginem o caos que sería a nossa vida se tivessemos de processar tudo imediatamente de forma ponderada... perdiamos todo o dia a fazê-lo... o simples acto de caminhar... considerar todos os músculos, a locomoção em coordenação com o nosso destino e com o que nos rodeia, tudo de forma a atingir os nossos objectivos... Insanidade!!!
Um ultimo ponto, um terceiro se quiserem, é o papel dos nossos sonhos (ou pesadelos...), estes são considerados uma manifestação da organização e processamento das novas informações que recebemos e a sua alocalização na estrutra complexa do nosso cérebro.
Não me quero estender mais, tou a ficar sem papel...
Abraço
Edgar B.
Desde que vi "Shattered glass" que tenho mais receio da informação que consumo... daí fazer um grande esforço para fazer bom jornalismo.
ResponderEliminaróbvio que não
ResponderEliminarmesmo um especialista encontra dificuldades no seu próprio campo
a avanlancha informativa é avassaladora
e a fiabilidade da informação é baixa
Precisamos filtrar, polir e processar a informação para transformá-la em conhecimento, esse, sim, ferramenta vital. Não confundamos as duas coisas, que são bem distintas.
ResponderEliminarAbs.