quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

Hitler não foi um génio militar e a Bomba Atómica não derrotou os Japoneses: uma série de documentários franceses

Neste momento estão novamente a ser exibidos alguns bons documentários na televisão portuguesa, tanto em canais livres e pagos. Podemos ver regularmente documentários nos vários canais da RTP, especialmente na RTP2, ainda que fosse desejável haver mais. Mas parece que o Canal de História, ainda cheio de "reality Shows", também parece querer diversificar e voltar a ter documentários de história. Veremos se realmente as políticas de programação mudam para algo que sejam efetivamente conteúdos de relevância histórica ou se foi apenas uma exceção. Um desses exemplos é a recente série de documentários de 2017, de origem francesa, produzido pela Cinétévé & Arte, com o nome original de Les Coulisses de l’Histoire e traduzido para português por “História Revelada”. 

"Sempre que partires uma noz pensa em Hitler" - Office for Emergency Management. War Production Board. (1942-1945)

No primeiro episódio, realizado por Christiane Ratiney, aborda-se o mito de Hitler ser um génio da estratégia militar. No documentário defende-se essa tese, de que Hitler foi de facto um estratega militar amador e que cometeu erros crassos, uma vez que na hierarquia militar nunca tinha sido oficial nem tido qualquer formação nessa área tão específica e complexa. O mérito das conquistas militares deveu-se, em grande parte, aos generais da influente escola prussiana, desde Frederico o Grande, ao pensamento de Von Clausewitz e pela prática das guerras estratégicas desencadeadas com sucesso durante o século XIX, que permitiram construir o império alemão pela direção política de Bismarck. Mesmo o conceito de “Guerra Relâmpago” e o sucesso incrível da vitória sobre a França dependeu do Marechal Erich von Manstein e não de Hitler, que soube aproveitar a superioridade do seu equipamento bélico e treino militar da Wehrmacht. Quem venceu foi o Plano Manstein, cujo o sucesso surpreendeu Hitler, até porque teve falhas, ao ponto de se ter gerado um massivo engarrafamento de veículos alemães que poderia ter culminado num desaire total por falta de planeamento. E a vitoria teria sido retumbante perante os britânicos, que depois de estarem cercados apenas conseguiram evacuar o seu exercito em Dunquerque por culpa do Fuhrer. Isto devido às hesitações amadoras de Hitler, que não decidiu rapidamente o que fazer quando todos os generais pediam para que o ataque fosse incisivo e rápido, de forma a tentar forçar a rendição da Inglaterra, algo que Carl Von Clusewitz seguramente aprovaria. 

A operação Barbarossa, de invasão da URSS, foi uma sequência de erros tomados por Hitler, entre eles a decisão de cercar Estalinegrado e forçar a cidade à rendição em vez de avançarem rapidamente pela sua conquista, tal como a hesitação em avançar para Moscovo, temendo o desfecho que culminou na derrota de Napoleão em solo russo. Tudo isso deu tempo, numa frente excessivamente alargada, para que os Russos se organizassem. Hitler, convencido da sua superioridade tendia a subestimar os inimigos, algo que se pode comprovar nos registos dos seus generais, ao ponto de no final da Guerra ter assumido ele mesmo o comando militar, achando-se mais competente que os seus generais. 

Segundo os autores do documentário, a versão de que Hitler seria um génio militar teria sido alimentado pelos Aliados, para tornar a sua vitória ainda mais grandiosa, uma vez que Hitler passou rapidamente a ser o culpado de todos os males do mundo. Parece que as operações militares a leste, perante o poder massivo do exercito vermelho e de toda a mobilização cívica dos russos, enfraqueceu de tal modo o poder alemão que a derrota na frente ocidental também seria inevitável depois de 1942. No entanto essa versão não era conveniente para os EUA.

"Se trabalhares tanto e tão rápido como um japonês"  - Office for Emergency Management. War Production Board. (1942 1945)

No segundo episódio desta série de documentários, neste caso da autoria de Cédric Condon, refere-se à rendição do Japão. No qual se defende que não foram as duas bombas nucleares que forçaram o Japão à rendição incondicional, mas sim o avanço soviético que, depois de derrotada a Alemanha, mobilizava as suas forças para a Manchúria, no norte da China, e Coreia. Assim os japoneses, que ainda controlavam imensos territórios na china e sudoeste asiático sabiam que estavam encurralados e que a vitória não seria mais possível, pois quer os Soviéticos quer os Americanos estavam a planear operações de desembarque massivos em solo japonês. Os japoneses tentaram negociar com ambas as potencias a paz, mas os soviéticos não aceitavam a manutenção do governo imperial, tão importante para manter as tradições japonesas. Por outro lado, os Americanos aceitaram esse pedido e assim assinaram a rendição formal. Isto explica o continuar dos conflitos nos anos seguintes na Coreia e depois na Indochina, tal como a destabilização na própria China, enquanto o Japão se manteve estável e sua essência cultural milenar. Tudo indica que os generais Japoneses defendiam a guerra total até ao último soldado, mas que foi o imperador Hirohito a impor a sua autoridade e a decidir a paz com os EUA, não pelo efeito das bombas nucleares, mas por ser o modo de poder manter o trono. Assim, esta decisão Japonesa foi uma derrota para Estaline que não conseguiu ter influência no Japão, tal como algo muito útil para os EUA, que pouparam vidas dos seus militares, tal como contribuiu para construir o mito do poder do seu novo armamento nuclear. 

Mais que pensar que estamos perante verdades absolutas, esta série de documentários força-nos a ensaiar novas perspetivas e pontos de vista, daquilo que são os bastidores da história. Isto porque a história é sempre uma narrativa construindo pela mão humana, que nem sempre se aproxima da verdade, e sofre uma inevitável influência de outros poderes. Cabe-nos então cruzar conhecimentos, fontes e usar das nossas capacidades cognitivas para desvendar aproximações à verdade.

Referências:
Condon, Cédric (2017). Hiroshima, la défaite de Staline, In Les coulisses de l'Histoire. Cinétévé & Arte

quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

Quando os portugueses ensaiaram e planearam o comércio atlântico de escravos

O tráfego triangular atlântico é sobejamente conhecido e referido quando se analisa a história universal do século XVII e XVIII. A europa fornecia bens manufaturados que serviam para comprar escravos em África que, por sua vez, eram utilizados nas Américas para explorar metais preciosos, matérias-primas e outros produtos como o açúcar e tabaco. Esta descrição é muito simplificada, mas ajuda a compreender o fenómeno das rotas da escravatura que ocorreram de Africa para a América, da exploração que as potenciais coloniais fizeram dos recursos das suas colónias e o desenvolvimento industrial que se deu nas metrópoles. Embora há que ressalvar duplo papel dos EUA, que no norte desenvolveram industrias e no sul explorações agrícolas que participavam no comércio triangular também. Esta dupla vertente, da presença de indústrias relevantes desde cedo na história do país, deve-se, em parte, às migrações em massa de europeus que dominavam esses processos e se deslocaram, por vários motivos, para a América do Norte. 

Chafariz d’el Rey em Lisboa - Autor desconhecido
Fonte: Coleção Berardo

Nas caraíbas e na américa do sul, especialmente no Brasil, implementou-se um exploração e produção em massa de açúcar. Esta indústria só era viável devido ao comércio triangular, pela necessidade de grande intensidade de mão-de-obra que era garantida pelos escravos vindos de África e alavancada pela crescente procura de açúcar na Europa, e depois por todo o mundo. Ainda hoje somos dependentes do consumo excessivo de açúcar.

Até aqui nada disto é grande novidade. Mas para que tal ocorresse teve de haver algum tipo de teste e ensaio. Isso foi previamente planeado pelos portugueses, que ensaiaram esse comércio global atlântico numa escala inferior, entre Luanda, São Jorge da Mina (El mina) e São Tomé. No último quartel do século XV já os portugueses faziam o ensaio da triangulação, levando escravos de Luanda, para trabalhar nas explorações de açúcar de São Tomé, tal como para São Jorge da Mina, onde eram necessários para apoio às explorações de ouro. Tanto o comércio em Luanda como na Mina eram alimentados também por produtos trazidos da europa que tinham muita procura pelos africanos. São Tomé estava desabitada antes da chegada dos portugueses, tendo sido o ensaio e apoio para o comércio esclavagista, apoio à navegação de passagem e local de ensaio da massificação da exploração açucareira que iria dominar a américa latina. 

Todas estas informações constam do documentário “As Rotas da Escravatura”, exibido na RTP1, uma iniciativa da Arte France, RTBF Telévision Belge, Lx Filmes, RTP, IRAP, TV5 Monde, e produzido por Jean Labib e Fanny Glissant, com direção de produção de Nathalie de Mareuil e criado por Daniel Cattier, Juan Gélas e Fanny Glissant. NesSe documentário, especialmente no segundo episódio, os portugueses são apresentados com exploradores e empreendedores, mas também como saqueadores e comerciantes sem escrúpulos. Tinham do seu lado uma bula papal, concedida por Nicolau V, que concedia ao rei de Portugal a liberdade de “combater, conquistar subjugar quaisquer sarracenos e pagãos (…) suas terras e bens e a todos reduzir à servidão perpétua”. Os relatos Gomes Eanes de Zurara, cronista oficial do reino, relata o modo como os africanos eram aprisionados: o seu desespero, o modo como sofriam todo o tipo de violências, a separação à força das mães de filhos, familiares e conhecidos, tratando-os como meras mercadorias vivas. São estes relatos, de alguém que não esconde a violência e desumanização, justificando esses atos pela legitimidade de Portugal atuar em nome da Igreja, devidamente legitimado pelo papa, e por se tratarem de selvagens aos seus olhos, que nos deve fazer refletir. 

Excerto do "Chafariz d’el Rey em Lisboa" - autor desconhecido
Fonte: Coleção Berardo
Lisboa tornou-se então nos finais do século XV e inícios de XVI a cidade mais rica e cosmopolita da Europa, estimando-se que a população de africanos pudesse ascender a 10% do total da população. Um quadro de um artista flamengo, intitulado “O Chafariz d'El Rei” que retrata, a Rua Nova dos Mercadores, em Lisboa por volta de 1570/1580 revela uma cena da vida social lisboeta onde surgem muitos africanos nos mais diversos papeis, incluindo papeis de prestigio e igualdade. Isto indica que muitos destes africanos tenham sido, apesar da violência perante os escravos, sido paulatinamente integrados na sociedade portuguesa.

Excerto do "Chafariz d’el Rey em Lisboa" - autor desconhecido
Fonte: Coleção Berardo

Assim, esta série de documentários, especialmente este segundo episódio, merece ser visto. São citadas as fontes e surgem análises de historiadores e especialistas de várias origens sobre estes temas, incluindo portugueses associados a universidades de prestígio internacional. Este tipo de criações são de extrema utilidade para compreender a nossa história, especialmente a manto que mascara o drama humano associado aos feitos do expansionismo marítimo português. Mas revela a importância de Portugal, para o bem e para o mal, na história da humanidade. 


segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

Lipovetsky em Coimbra: reflexões sobre hipermodernidade, hiperindividualismo e hiperconsumismo

Quem tem estado atento a alguns textos que vou escrevendo aqui para o blogue já percebeu que Gilles Lipovetsky é um daqueles autores que vou regularmente citando. Lipovetsky é um dos filósofos e sociólogos mais curiosos do nosso tempo, dos tempos hipermodernos como o próprio apelida. Por isso não podia desperdiçar a oportunidade de o ouvir ao vivo quando na passada sexta-feira, dia 18 de janeiro este em Coimbra numa palestra em que falou de individualismo e consumismo. Não contava tirar muitas notas, uma vez que já li várias obras do autor. Mas foi impossível não o fazer, o que me levou a ter de estar sempre a escrevinhar no telemóvel para aproveitar algumas declarações que me pareceram relevantes. São dessas anotações que surge este texto, pois pareceu-me valer a pena deixar aqui o registo. 

Gilles Lipovetsky na conferência: "La société d'hyperconsommation: sommes-nous plus heureux?"

Lipovetsky descreve-nos como consumidores. Para ele vivemos na hipermodernidade e não na pós-modernidade como defendem outros filósofos e pensadores. Defende que a modernidade não terminou, que apenas se intensificou. Segundo ele somos hipermodernos porque amplificamos o que considera essencial do modernismo: o sistema democrático liberal, o individualismo e o consumismo. Na conferencia não referiu as mudanças no peso das grandes narrativas políticas e ideológicas que quebram esse aspeto da modernidade, algo que invoca na sua obra literária. Teria sido uma boa questão para lhe colocar, mas não me lembrei na altura. Ou seja, hoje defendemos sistemas democráticos mais profundos, garantias de todas as liberdades, somos muito mais individualistas e consumimos a uma escala sem precedentes. 

E todas estas mudanças são bem recentes, tendo ocorrido nos últimos 30 anos nas sociedades ditas ocidentais e ricas, do norte global como alguns gostam de chamar. Mas a sociedade do consumo é mais antiga, identificável com o pós 2.ª Guerra Mundial. A diferença consiste na escala, forma e tipo de consumo, que anteriormente era marcadamente coletivo. O automóvel era para a família, tal como as comodidades dos lares, eletrodomésticos e televisão. Não se tratava de um consumo individualizado e personalizado como ocorre hoje. 

O consumo afirma-se como uma forma de afirmação e contribuição para o individualismo crescente. Os indivíduos escapam hoje ao controlo de classe. Já não existe uma cultura de classe que legitima comportamentos a grupos de pertença, nem um controlo coletivo sobre as práticas de um consumo que se foi desregularizando . Nós é que escolhemos o que queremos ser e com quem nos identificamos. Desapareceu a hierarquia do gosto. No entanto não somos mais felizes. Lipovetsky afirmou que a felicidade através do consumo ocorre naturalmente quando nos elevamos da pobreza, mas que a partir de um determinado limiar a proporção do que se consome fica muito aquém da felicidade que esse consumo traz. Esse é um dos sentimentos paradoxais da hipermodernidade. Apesar de muitos de nós conseguirem escolher de acordo com as nossas preferências, isso não garante a felicidade. Ficamos sem saber o que nos impede de sermos felizes e isso pode ser angustiante. 

O consumo tornou-se emocional, mas ao mesmo tempo informado, e ingenuamente carregado de consciência ambiental, embora não seja isso que nos impeça de consumir cada vez mais. As emoções, no entanto, não nos incitam a compras de impulso. Cada vez mais comparamos e procuramos o melhor preço para o melhor produto. A economia do consumo tende para incentivar os consumidores a colecionarem experiências, a elevarem a um valor supremo a distração. Escolhemos com critério apenas para termos dinheiro para consumir mais e diferente. 

No entanto Lipovestky tem uma visão positiva do consumo. Acredita que tem um lado benéfico, de distrair de outras intenções e projetos políticos que levaram aos maiores dramas da humanidade. Considera ser incompatível com o totalitarismo e com as restrições da liberdade. As grandes narrativas de um sacrifício no presente para garantir um paraíso religioso ou uma utopia política no futuro tendem a ser controlados pelo hedonismo generalizado, e atraem apenas minorias da sociedade. Queremos o prazer agora e não depois. Mas isso não imuniza dos problemas políticos como bem sabemos. Existe uma deceção com os políticos, mas não com as marcas e o consumo. Por isso, as soluções políticas que queiram defender a possibilidade de consumir cada vez mais terão forte apoio popular, mesmo que a consciência ambiental seja universal, porque no dia-a-dia simplesmente consumimos. 

Para Lipovetsky a solução, de manter o nível de consumo e de garantir a sustentabilidade ambiental passa pela economia circular e partilhada. Só assim poderemos manter o nível de consumo do qual dependemos sem tendermos para a autodestruição. Passa também por dar primazia à educação e cultura, para que possamos consumir algo imaterial que nos dá felicidade e realização. 

quinta-feira, 10 de janeiro de 2019

As grandes mentiras da História e o afundamento do Lusitânia: um documentário de Luc David

Começou a ser exibido no canal Odisseia uma nova serie de documentários dedicados a algumas das grandes mentiras da história. No primeiro episódio, do documentário "As maiores mentiras da história" de Luc David, aborda-se o tema do afundamento do barco transatlântico “Lusitânia”, que foi torpedeado e afundado em 1915 por um submarino U-Boat alemão – embora para os alemães se devesse designar U-Boot. 

Desenho artístico representativo do afundamento do Lusitânia - autor desconhecido
Fonte: https://www.express.co.uk/news/world-war-1/566316/RMS-Lusitania-single-torpedo-sinking

Este poderá ter sido um exemplo de fabricação de noticias falsas na imprensa por ação do governo britânico. Em 1915 o Império Britânico estava em guerra com o Império Alemão. Decorria a primeira Guerra Mundial. Os alemães usavam a sua novíssima, os U-Boats, submarinos que permitiam, pela primeira vez, fazerem intervenções de longa distância. A Royal Navy - a marinha inglesa - não tinha qualquer arma que pudesse combater eficazmente esta ameaça alemã. Por isso os U-Boat faziam com alguma eficácia constantes afundamentos de barcos, incluindo barcos de mercadorias que abasteciam as ilhas britânicas. Embora nessa época os britânicos conseguissem produzir mais barcos do que os que eram afundados pelos alemães.

Em 1915 o “Lusitânia”, o maior e mais rápido transatlântico da época foi alvo de um ataque. Os relatos oficiais britânicos dão conta de ter sido alvo de dois torpedos. No entanto os registos alemães referem apenas um. Tudo indica, fazendo fé no material que o documentário expõe, que apenas terá sido efetivamente disparado um torpedo, mas que uma segunda explosão se tenha devido a uma reação em cadeia, uma vez que o navio transportava ocultamente munições de artilharia e outros equipamentos militares a bordo, carregados em Nova York. De notar que os abastecimentos que chegavam de barco desde os E.U.A. eram essenciais para o esforço de guerra britânico. Era importante que o governo britânico terá ocultasse este transporte, nunca tendo sido assumido. O incidente foi utilizado pela propaganda britânica para fomentar o ódio aos alemães, e para tentar trazer os E.U.A. para a guerra, uma vez que morreram mais de uma centena de norte americanos nesse afundamento. Os britânicos tentaram passar a mensagem de que os alemães eram maléficos, desumanos e que não poupavam sequer os civis inocentes. Se fosse descoberto que o navio transportava uma carga militar oculta o próprio governo inglês sofreria consequências políticas.

Consta que o barco se terá afundado em apenas alguns minutos, algo pouco provável para ser um barco daquela envergadura, com mais de 200 metros de comprimento, sob o efeito de dois torpedos apenas. Há que relembrar que a tecnologia de guerra submarina era bastante arcaica, e que os torpedos nem sempre eram eficazes. Uma explosão interna de um volume considerável de munições ajuda a explicar esse rápido afundamento. No diário de bordo do comandante do U-Boat alemão refere-se que perante o drama humano decidiram ir embora sem disparar mais torpedos. Costa também que o comandante do U-boat teria indicações de que o barco era um alvo militar válido na sua base de dados, uma vez que estava identificado como um dos barcos que poderia ser requisitado pela marinha militar para adaptação durante o período de guerra. 

O documentário expõe muitos outros pormenores, pretensas provas e evidências que suportam esta teoria. Segundo essas fontes, em torno do afundamento do Lusitânia terá sido criada uma noticia falsa – uma fake news –muito conveniente para a propaganda britânica e do próprio almirantado, liderado por Winston Churchill nessa altura. Ou seja, as noticias falsas têm servido fins políticos há muito tempo, e se analisarmos mais para trás na cronologia histórica seguramente encontraremos mais casos disso.

Referência:
David, Luc (2017). History´s greats lies. [filme].

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