Dos feitos Portugueses levados a cabo durante a expansão ultramarina nacional normalmente pouco se destacada a vertente de tecnológica e de procura e aquisição de saber que lhe esteve forçosamente associada. Para além do comércio e das conquistas militares, que na altura fizeram de Portugal uma potência Europeia, deve ser realçado o espírito da busca pelo saber que também esteve associado a essa grande empresa nacional (do Estado e de acções privados). Na altura, o nascimento de um espírito proto-cientifico colocou Portugal à dianteira dos países que avançavam para a modernidade.
A chegada de Vasco da Gama a Calicute em 1498 - Alfredo Roque Gameiro |
Para que o plano de alcançar as Índias (no século XV as índias eram todo o Oriente) se realizasse foi necessária uma grande mobilização nacional, um grande planeamento estratégico e uma bagagem de conhecimentos teóricos e práticos de ponta. No Portugal do século XV desenvolveram-me embarcações especificamente preparadas para a descoberta e aquisição de conhecimentos durante as viagens de exploração, as caravelas. Eram embarcações apropriadas para sulcar o Oceano com facilidade e manobrabilidade, mais do que propriamente para transporte de exércitos ou mercadorias. Barcos que permitiam “bolinar” (navegar contra o sentido do vento), algo essencial para a exploração Atlântica. Nas caravelas seguiam marinheiros instruídos, munidos de utensílios e dispositivos dos mais modernos que existiam para a navegação e observação (astrolábios, sextantes, bússolas, cartas de marear, etc.). Foram as décadas de viagens constantes por todo o oceano Atlântico que permitiram aos portugueses, numa espécie de antecipação ao futuro espírito científico e vontade de saber, realizar: a cartografia das novas terras; o estudo as correntes oceânicas e os ventos; a recolha de amostras e estudar a fauna e a flora das novas terras; e travar relações diplomáticas com os nativos das terras onde aportavam. Foram estas recolhas de informação e conhecimentos concretos e comprováveis que permitiram definir rotas de navegação seguras e rápidas pelos mares, explorar devidamente os recursos das novas terras, estabelecer contactos comerciais vantajosos, fundar colónias estratégicas e conquistar algumas praças-fortes igualmente importantes.
Vale a pena salientar que, quando na maior parte das Universidades Europeias a experimentação ainda era vista com desconfiança, os Portugueses já investigavam no terreno e exploravam um mundo desconhecido. Através dos investimentos e esforços direccionados para a investigação e descoberta, foi possível a um pequenos pais como Portugal entrar na cena mundial e durante algumas décadas, garantindo depois para si algumas das rotas comerciais mais proveitosas do mundo. Tal como criar um império imensuravelmente grande comparativamente com o território da metrópole antes da expansão.
Vale a pena salientar que, quando na maior parte das Universidades Europeias a experimentação ainda era vista com desconfiança, os Portugueses já investigavam no terreno e exploravam um mundo desconhecido. Através dos investimentos e esforços direccionados para a investigação e descoberta, foi possível a um pequenos pais como Portugal entrar na cena mundial e durante algumas décadas, garantindo depois para si algumas das rotas comerciais mais proveitosas do mundo. Tal como criar um império imensuravelmente grande comparativamente com o território da metrópole antes da expansão.
Se no passado Portugal demonstrou que sabia planear e traçar objectivos a longo prazo, socorrendo-se de conhecimentos “proto-científicos” e inovações tecnológicas de ponta, muitas desenvolvidas pelos próprios, para atingir um fim grandioso, como podemos então hoje andar aparentemente à deriva?
Penso que, neste caso específico, podemos aprender com o passado, restando-nos assumir que o futuro do País passa pela aposta no conhecimento, da cultura, na investigação e no desenvolvimento tecnológico
Pois; e que dizer do papel dos cientistas Jesuítas, perseguidos pelo Marquês Pombal, e dos nossos inventores, perdidos entre portas, a concorrer brilhantemente em salões internacionais? Fundaram alguma Agência para a inovação e invenção, que possa chamá-los a desenvolver institucionalmente?
ResponderEliminarO caso que fala do Marquês de Pombal é paradigmático. Pois o Próprio Marquês, depois de ter estado alguns anos em Londres e Viena e por lá ter conhecido o modernidade que emanava do iluminismo, tentou por cá desenvolver o país e faze-lo avançar para a modernidade. Os Jesuítas tiveram um papel muito importante cultura e cientificamente, mas na época do Marquês já estavam obsoletos e constituíam um reflexo de um sociedade que marcava passo face a Europa mais desenvolvida.
ResponderEliminarQuando a última pergunta, peço desculpa mas não percebi, podia reformular? Não que a tenha de perceber, mas porque gostaria de poder dar também a minha opinião…
De facto ao longo da História , Portugal tem demonstrado garra para ultrapassar as suas crises politicas, financeiras e económicas.
ResponderEliminarSe fizeres uma retrospectiva verás que esses feitos gloriosos, foram de facto efectuados, quando pensavámos e a agiamos como um só.
Hoje não estamos sós, somos encarados como um todo, logo não podemos pensar ou agir tal como o fizemos outrora.
Hoje Portugal faz parte da Comunidade Europeia, tal como outros estados membros que se comprometeram a cumprir o leque de directrizes, legislação e uma panóplia de normas e regras nas mais variadas áreas. Tem sido difícil para nós e para outros países cumprimir os objectivos e as metas traçadas pela UE, sendo que o esforço é ainda maior para economias com pouca sustentabilidade económica, atingir os parâmetros definidos para a zona euro.
Penso que não é falta de rumo, nem tão pouco Portugal anda à deriva. Ele sabe bem por onde deve caminhar, porque isso é imposto pela UE, sabe que tem de atingir metas para superar os objectivos, que não são só seus, mas de um conjunto de países(27), que se esforçam para atingir o que foi determinado.
O problema de Portugal (como bom país latino que é), é a falta de accountability (transparência), mostrar e demonstrar ao povo que a crise é de facto grave e quer se queira ou não, ela tem de ser combatida com medidas severas.
Portugal (aqui é que reside o problema, e tem sido o seu mal desde sempre), não sabe antecipar os problemas. Se tivesse há 2 anos atrás começado com medidas de austeridade e cortes substanciais, talvez hoje, estivesse numa situação mais confortável.
E como a tua mensagem dava para estar aqui a escrever horas a fio, porque está tudo encadeado, termino por aqui, com a promessa de voltar um dia destes.
Salve!
ResponderEliminarParabéns pelo blogue. Estou seguindo você, aqui do Brasil.
Abraços.
Obrigado pelo comentário. Fico muito contente da riqueza e potencial do Português enquanto língua que nos permite comunicar com o Brasil e outros países de língua oficial Portuguesa.
ResponderEliminarTal como dizia Fernando Pessoa, esse é o 5º Império, o Império da cultura, do intercâmbio em todos os sentidos pela Lusofonia.
Muito obrigado pela visita.
NOBRE POVO NAÇÃO VALENTE!!!!!!!!
ResponderEliminarNunca tão poucos fizeram tanto, naquele tempo, o povo era pouco e a vontade era de ferro
Pequena Nação !! com um povo gigante, HOMENS PORTUGUESES!! Guerreiros, Valentes e Audazes, enfrentaram todos os perigos e nunca desistiram, passaram o Cabo Bojador, e Bobraram o Cabo da Boa Esperança
PORTUGAL!! Levou a CRUZ de CRISTO! aos Sete Mares do Mundo.
Há quem fale, fale, mas desconheçem a História.
PortuguesacomOrgulho
De: Lilamsantos
ResponderEliminarDe PORTUGALcomAmor,um abraço carinhoso para vc. Micael Sousa e o Povo Brasileiro e votos de BOM ANO 2013!!!!!!!!!
Porque temos tanto que nos une
Com FERNANDO PESSOA e LUÍS VAZ DE CAMÕES !! Como vc. falou Cultura, Comunicação o 5º IMPÉRIO, do Intercâmbio LUSOFONO
Cidade de Chaves- Portugal