Será que conhecemos mesmo Van Gogh, o famoso pintor Holandês expressionista, com fama de miserável e louco? Num texto da edição portuguesa da Courrier Internacional, intitulado de “O pintor que também era escritor”, da autoria de Hans Masselink, somos confrontados de uma recente investigação sobre a correspondência saída da mesma mão com que Van Gogh pintava.
Muito escreveu Van Gogh, especialmente correspondência para o seu irmão Theo e também com outros pintores conhecidos da época - por exemplo Gauguin, um grande amigo de Van Gogh. Essas cartas foram recentemente alvo de um estudo levado a cabo pelo Museu Van Gogh e pelo Instituto Huygens-KNAW, tendo dessa investigação resultando informações preciosas sobre a personalidade de Van Gogh:
“Não era maníaco-depressivo, como se diz muitas vezes. (…) Ele era extremamente fanático, apaixonado, de uma energia fervilhante, incansável”; “Van Gogh não tinha nada de miserável, mesmo se muitas vezes lhe era difícil fazer face às despesas, apesar do seu irmão Theo lhe dar dinheiro suficiente”; “Não era um pintor incompreendido. O mercado não estava preparado para a sua obra. Os quadros do seu amigo Gauguin praticamente não se vendiam, e os dele tão pouco. Mas dentro do círculo de conhecedores foi, porém, bastante apreciado”
Auto-retrato - Van Gogh |
“Não era maníaco-depressivo, como se diz muitas vezes. (…) Ele era extremamente fanático, apaixonado, de uma energia fervilhante, incansável”; “Van Gogh não tinha nada de miserável, mesmo se muitas vezes lhe era difícil fazer face às despesas, apesar do seu irmão Theo lhe dar dinheiro suficiente”; “Não era um pintor incompreendido. O mercado não estava preparado para a sua obra. Os quadros do seu amigo Gauguin praticamente não se vendiam, e os dele tão pouco. Mas dentro do círculo de conhecedores foi, porém, bastante apreciado”
As razões para os mitos criados em torno de Van Gogh podem ter sido muitas, provavelmente algumas delas passam por simples questões de marketing e publicidade para fazer crescer o valor de mercado das suas obras. Independentemente disso trata-se de um grande pintor, dos melhores e mais originais que a História registou.
Se há uma coisa que a investigação História demonstra é que o conhecimento histórico está em constante construção, e, em certos casos, emdesconstrução para uma nova e revolucionária edificação. Se é mesmo assim, e se tudo isto é mesmo factual para o caso da história de Van Gogh, imagine-se como poderá ser para os grandes momentos da história da humanidade, daqueles que influenciaram e continuam a influenciar a vida de milhões de pessoas.
Gosto da pintura de Van Vogh já fiz algumas reproduções suas,assim como de Monet,não sabia que também escrevia.Gostei do seu artigo,todas essas informações são sempre bem vindas.Na pintura como em muitas coisas sou autodidacta.
ResponderEliminarMas por teimosia vou sempre fazendo coisas.Um
abraço da Maria Antónia Reis.
Tudo e todos/as os/as que não nos são contemporâneos acabam por ficar envolvidos/as numa grande névoa de dúvida... Só mesmo a riqueza de muitas investigações nos poderão dar uma pequena ideia do que foi um episódio ou uma pessoa. =)
ResponderEliminarDo que conheço do percurso de Vicent Van Gogh fica por exemplo o episódio em que o seu amigo Gauguin o abandonou para mais uma das suas saídas da civilização. Após a saída do amigo, Van Gogh terá cortado uma das orelhas como sinal de ressentimento e protesto. Episódio que acabou por eternizar num dos seus auto-retraros. Com isto julgo que a definição de "maníaco-depressivo" deve ter alguns entendimentos diferentes.
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