Coçar é um estímulo neurológico. As células ao produzem histamina permitem que neurónios especializados reajam a esse efeito, e assim nos induzam à vontade de coçar. Ou seja, trata-se de um processo neurológico, embora possa ser ativado por várias razões. Parece algo tão físico no seu efeito, mas acaba por ser resumido a um processo químico. Ao coçarmos surgem depois novos efeitos, mais compostos químicos são produzidos, incluindo alguns que nos geram prazer. Trata-se de um exemplo em que a química se mistura com a biologia e a física, palavra de leigo.
As criadas - Paula Rego
Fonte: https://www.saatchigallery.com/artists/artpages/rego_paula_the_maids.htm
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As razões para surgir a comichão podem ser muitas, fruto de desequilíbrios bioquímicos, mas que podem ter origens que fenómenos puramente físicos e mecânicos, como choques, cortes e perfurações. No fundo são sinais de alerta do sistema nervoso para nos levar a tomar medidas, embora possa não ser evidente e até ser fruto de patologias que geram ainda mais problemas se não pararmos de coçar.
Confesso que este tema sempre me despertou curiosidade. Sendo a biologia e a saúde áreas das quais sei muito pouco foi ainda mais complicado procurar algumas fontes para coçar o assunto. Mas deu para perceber a complexidade do assunto, que existe investigação este momento a ser feita sobre o assunto e que provavelmente os cientistas ainda vão ter muito com que se coçar para resolver os mistérios das comichões. Comichões existem muitas, e nós coçadores inevitáveis. Mas será que coçar é sempre a melhor solução? O problema não poderá ser outro?
Referências bibliográficas:
Bautista, D. M., Wilson, S. R., & Hoon, M. A. (2014). Why we scratch an itch: the molecules, cells and circuits of itch. Nature neuroscience, 17(2), 175.
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