Há séries que são produzidas para agradar às massas mesmo utilizando temas que habitualmente não são assim tão generalistas. “The Good Place” é uma dessas séries, ao ser uma sitcom que fala de filosofia, muito particularmente de ética e moral. Trata-se de uma série da NBC disponibilizada pela Netflix em Portugal, com atores mais ou menos conhecidos, à exceção de Ted Danson e da estrela em ascensão Kristine Bell. Por falar em atores, o desempenho de todos é impecável, especialmente da personagem Janet.
Nesta série há que evitar descrever os episódios, pois o perigo de revelar informações que estraguem o enredo original criado por Michael Schur é real. Devo apenas dizer que se passa na vida pós-morte, que é alucinada, hilariante e carregada de citações filosóficas e filósofos, embora nunca apareçam diretamente. Espero não ter revelado demasiado. Mas há muito tempo que não sentia tanto fascínio por uma série deste tipo. A velocidade com que a história avança de forma imprevisível é quase vertiginosa. Não arrisquem saltar episódios!
O modo como os postulados filosóficos e as citações são introduzidas nos diálogos garante interesse para quem acha que a filosofia é um tédio. Aqueles que eventualmente conheçam os esses filósofos famosos vão sorrir também, pois é tão raro vermos conteúdos filosóficos serem abordados em criações deste tipo – o que é pena porque já se demonstrou que a filosofia pode ser hilariante, tal como se demonstrou neste blogue por várias vezes.
“The Good Place” acaba por ser uma série de reflexão filosófica, ética e moral, cheia de sarcasmos e críticas ao nosso modo de vida. É uma série para acabarmos o dia a refletir na nossa vida e tentar melhorar a nossa pontuação com um sorriso. Não perceberam, então vão lá ver e terão acesso a um lugar melhor, nem que seja na vossa consciência.
Sem comentários:
Enviar um comentário