Muitas coisas se poderiam dizer sobre a sociedade portuguesa, adjetivações boas e más. Uma delas é que se trata de uma sociedade Malthusiana [1]. Não se trata de um palavrão ofensivo, nem pouco mais ou menos, mas também, analisando o seu significado demográfico, social e económico, pode não significar nada excecionalmente bom.
Pastor - Amadeo de Souza Cardoso |
A teoria Malthusiana, de um modo muito resumido, defendia que o crescimento da população, por assumir, tendo em conta os registos históricos estatísticos, um crescimento com base numa progressão geométrica, enquanto a produção de alimentos seguia pelo crescimento aritmético, daria origem a uma incapacidade futura de alimentar a população. Para além dos dois crescimentos a tempos diferentes, criando o tal défice entre alimentos e pessoas a alimentar, a produção de bens agrícolas teria sempre um limite máximo que não poderia ser ultrapassado [2].
As teorias Malthusianas, que defendiam o controlo apertado da natalidade, foram refutadas depois da revolução industrial devido aos novos desenvolvimentos tecnológicos que fizeram subir muito a produtividade agrícola.
Atualmente, os índices de natalidade de Portugal nas últimas década observa-se uma forte queda [3]. A natalidade não está a assegurar a reposição das gerações. Isto deve-se, muito provavelmente, independentemente de razões do crescente individualismo da sociedade portuguesa, aos recursos disponíveis. Já não se trata de alimentação propriamente dita, mas mais de todos os custos que acarreta uma vida contemporânea em que a competitividade pode depender muito das condições de partida dos indivíduos. Ou seja, há, tendencialmente, a noção de que os meios que as famílias dispõem não são suficientes para proporcionar a um número considerável de filhos os padrões de vida ótimos e que os farão ter sucesso de um modo geral.
Assim, a sociedade portuguesa assume comportamentos neomalthusianos, para o bem e para o mal. Característica nem sempre replicada em paises semelhantes ou coparáveis a Portugal.
As teorias Malthusianas, que defendiam o controlo apertado da natalidade, foram refutadas depois da revolução industrial devido aos novos desenvolvimentos tecnológicos que fizeram subir muito a produtividade agrícola.
Atualmente, os índices de natalidade de Portugal nas últimas década observa-se uma forte queda [3]. A natalidade não está a assegurar a reposição das gerações. Isto deve-se, muito provavelmente, independentemente de razões do crescente individualismo da sociedade portuguesa, aos recursos disponíveis. Já não se trata de alimentação propriamente dita, mas mais de todos os custos que acarreta uma vida contemporânea em que a competitividade pode depender muito das condições de partida dos indivíduos. Ou seja, há, tendencialmente, a noção de que os meios que as famílias dispõem não são suficientes para proporcionar a um número considerável de filhos os padrões de vida ótimos e que os farão ter sucesso de um modo geral.
Assim, a sociedade portuguesa assume comportamentos neomalthusianos, para o bem e para o mal. Característica nem sempre replicada em paises semelhantes ou coparáveis a Portugal.
Referências
[1] - Arroteia, Jorge Carvalho; 2007. "Leiria e o pinhal litoral : sistema geográfico e contextos de desenvolvimento". Universidade de Aveiro.
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