Homenagem a Apollinaire - Chagall |
A comemoração dos aniversários natais é já uma tradição bem antiga, remontando pelo menos à época de maior influência da cultura clássica Greco-Latina. Apesar de se saber que os Romanos festejavam os aniversários, sendo um ritual de defesa contra a má-sorte e outras influências místicas e mitológicas (a sociedade Romana e Grega eram bastante supersticiosas), foram os Gregos quem, antes dos Romanos, criaram o conceito de bolo de aniversário com velas.
Segundo alguns autores, os aniversariantes ofereciam um bolo de mel em forma de lua com velas acesas à Deusa Artemis (Diana), colocando-os nos templos em sua honra. Deusa essa [Artemis] à qual se associava a Natureza selvagem, Caça, Lua e fertilidade (dependendo da época e do local de culto). Diz-se, mesmo podendo ser mito, que os antigos Gregos associavam às velas um poder sagrado, algo capaz de afastar os espíritos (Daimon significa Espírito em Grego, algo que muito provavelmente deu origem à palavra demónio) que pudessem ter influência nefasta na vida dos aniversariantes.
Parece também que estava bem difundida a crença popular de que o fumo resultante de uma vela acabada de apagar levaria os desejos, de quem os formulasse no momento, directamente aos Deuses, estando isso relacionado com o percurso ascendente que o próprio fumo fazia (Para os antigos Gregos os Deuses vivam lá no alto, daí a referência ao Monte Olimpo como morada dos Deuses, aos planetas que os representavam e ao facto dos Gregos reservarem tendencialmente as zonas mais elevadas das suas cidades para a edificação de templos em honra dos Deuses – Caso das acrópoles).
Sendo completamente fidedignas ou não estas informações sobre a origem das comemorações dos aniversários e dos seus adereços – não tenho maneira de o comprovar pois não encontrei bibliografia fidedigna -, tudo leva a crer que a origem destas festividades seja pagã. Mesmo que combatida pelas Igrejas Cristãs ao longo da história, estas celebrações nunca realmente desapareceram e com o advento da sociedade liberal e de consumo receberam um novo fôlego.
Apesar das suas origens místicas, mágicas e religiosas, penso que a celebração dos aniversários natais - celebrações e comemorações tão pessoais e ao mesmo tempo sociais -, dificilmente desaparecerão no futuro. Até porque, desde há uns séculos para cá, as sociedades e grupos Humanos tendem a valorizar cada vez mais a defesa da personalidade e da individualidade – especialmente como forma de afirmação do indivíduo perante a sociedade e si próprio. Já para não falar na dimensão económica associada aos aniversários contemporâneos.
Segundo alguns autores, os aniversariantes ofereciam um bolo de mel em forma de lua com velas acesas à Deusa Artemis (Diana), colocando-os nos templos em sua honra. Deusa essa [Artemis] à qual se associava a Natureza selvagem, Caça, Lua e fertilidade (dependendo da época e do local de culto). Diz-se, mesmo podendo ser mito, que os antigos Gregos associavam às velas um poder sagrado, algo capaz de afastar os espíritos (Daimon significa Espírito em Grego, algo que muito provavelmente deu origem à palavra demónio) que pudessem ter influência nefasta na vida dos aniversariantes.
Parece também que estava bem difundida a crença popular de que o fumo resultante de uma vela acabada de apagar levaria os desejos, de quem os formulasse no momento, directamente aos Deuses, estando isso relacionado com o percurso ascendente que o próprio fumo fazia (Para os antigos Gregos os Deuses vivam lá no alto, daí a referência ao Monte Olimpo como morada dos Deuses, aos planetas que os representavam e ao facto dos Gregos reservarem tendencialmente as zonas mais elevadas das suas cidades para a edificação de templos em honra dos Deuses – Caso das acrópoles).
Sendo completamente fidedignas ou não estas informações sobre a origem das comemorações dos aniversários e dos seus adereços – não tenho maneira de o comprovar pois não encontrei bibliografia fidedigna -, tudo leva a crer que a origem destas festividades seja pagã. Mesmo que combatida pelas Igrejas Cristãs ao longo da história, estas celebrações nunca realmente desapareceram e com o advento da sociedade liberal e de consumo receberam um novo fôlego.
Apesar das suas origens místicas, mágicas e religiosas, penso que a celebração dos aniversários natais - celebrações e comemorações tão pessoais e ao mesmo tempo sociais -, dificilmente desaparecerão no futuro. Até porque, desde há uns séculos para cá, as sociedades e grupos Humanos tendem a valorizar cada vez mais a defesa da personalidade e da individualidade – especialmente como forma de afirmação do indivíduo perante a sociedade e si próprio. Já para não falar na dimensão económica associada aos aniversários contemporâneos.
Oi Micael!
ResponderEliminarGostaria de te convidar para seguir meu blog!
Lá eu falo de diversas coisas, entre elas sobre tv, cinema, cultura, música e etc...
Abraço!
Olá Micael!
ResponderEliminarPrimeiro que tudo Feliz Aniversário! Desculpa pelo atraso.
Sem dúvida que os aniversários natais são uma tradição muito antiga e têm uma longa história. As origens estão ligados à magia e também à religião. Esse costume de dar parabéns, presentes e mesmo celebrar no dia de aniversário, com velas acesas, nos tempos antigos era para proteger o aniversariante de demónios e ter segurança para o ano seguinte.
Os egípcios comemoravam somente os aniversários dos governantes e, nesse dia havia desfiles e festividades. Cada povo com seus costumes e tradições.
Abraços,
Lumena
Bom aqui não tenho nada a acrescentar, é certo e sabido este ponto.
ResponderEliminarGostaria antes de apimentar o debate e indagar: até que ponto repetir uma tradição é ou não replicá-la?
É dizer, será continuar uma actividade em consciência da sua origem igualmente oportuna como antes?
Não valerá a pena por em causa algumas tradições? (Aqui é retórico porque a resposta é sim!)
Ao ao soprarmos as velas no bolo estamos a honrar o aniversariante, mas se soubermos como tudo começou estaremos ou não a fazer algo diferente a partir dessa consciencialização?
Edgar
Penso que só estaremos a fazer algo diferente de honrar o aniversariante se atribuirmos importância, simbolismo e valor a acto e o relacionarmos com a sua génese. Se a ignorarmos ou se nos imiscuirmos de lhe atribuir esse significado do passado é porque já colocamos essa tradição em causa e a substituímos por outra que faz todo um novo sentido.
ResponderEliminarNão necessariamente! Podemos dar novo significado a uma tradição e tomá-la como renovada, redireccionada, mas ela não deixa de perder o valor anterior, simplesmente esse valor transborda ou não motivos que podemos ou não aceitar!
ResponderEliminarEm última análise parece uma questão pessoal, mas acaba por ser sobretudo colectiva, mas apenas se em consciência.
Edgar
Como nao poderia deixar de ser, excelente artigo. Acabei de aprender alguns factos que desconhecia, sobre aquilo que anualmente celebramos na tal data que consta no BI. Boa continuação.
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