Numa época de crise - ou numa onde nos fazem crer que seja - parece-me importante podermos efectivamente analisar os reais efeitos dessa “crise”. Estarmos dispostos a isso obriga-nos a uma grande variedade de leituras e modos de apreender o real, neste caso, a crise propriamente dita.
Uma dessas formas, agora reinventadas, são as músicas ou canções de "intervenção", que, ao contrário do que se possa pensar, não morreram com José Afonso (Zeca Afonso) e outros. Muitas letras de intervenção têm, desde os anos 90 em Portugal, vindo a ser utilizadas por diversos autores e em diversos géneros musicais, especialmente no Rap e Hip-Hop.
Recentemente, um novo grupo sobejamente conhecido, os Deolinda, através da sua música com inspirações tradicionais e acústicas, criaram a sua própria versão de uma verdadeira canção de intervenção do século XXI, uma que toca especialmente aos Portugueses e descreve na perfeição o nosso comportamento. Falo da música Movimento Perpétuo Associativo, que faz parte do primeiro álbum da banda Canção ao Lado.
Para os que não ouviram, recomenda-se que ouçam. Para os que já ouviram, peço que voltem a ouvir e a analisar a lírica utilizada, e que com isso possam meditar sobre a nossa sociedade e sobre o seu próprio comportamento enquanto actores sociais e individuais. Pois, ao nosso jeito, teremos sempre culpa, pelo menos, um pouco de culpa e de vitimização.
Fica aqui o link para o site oficial das Deolinda, basta escolher a música Movimento Perpétuo Associativo: http://www.deolinda.com.pt/
Vamos fazer mais do que exaltar palavras inférteis. Vamos actuar, independentemente das adversidades.
muiiiitoooooo bommmm!!! Excelente bom gosto!!
ResponderEliminare que melhor para começar o dia do que "beijinhos na boca, arrepios no peito"
Bom auxilio para um dia árduo...
(e volto aos comentários, Big friend)
joana
Bem, acabei de adquirir finalmente este albúm. Vamos apoiar os nossos artistas preferindos comprando as suas obras, é um dos melhores tributos que lhes podemos fazer, pois sem meios não podem continuar a desenvolver o trabalho que apreciamos.
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