Hoje celebra-se o dia internacional dos museus. Mas o que é um museu? Seria a casa das musas, aquele local onde todas as artes se juntavam e inspiravam a humanidade. Hoje existe museus para todos os gostos, de todos os tipos, recorrendo a inúmeras técnicas de museologia, exibindo as suas museografias direta e indiretamente. Alguns nem edifícios têm, nem peças dignas de serem apreciadas como tesouros.
Paço Real da Ajuda (em madeira)
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Mas quais são os museus mais antigos de Portugal? Onde começaram as práticas museológicas?
Podemos começar pelos museus, ou proto museus, de influência iluminista e enciclopédica típicos do século XVIII. Mas podemos ir um pouco mais atrás, aos gabinetes de curiosidades e tesouros. Paulo Oliveira Ramos (1993) sugere a importância da coleção de antiguidades de: D. Afonso, 1.º Duque de Bragança (1377-1461); do 1.º Marquês de Valença (?-1460), filho do 1.º Duque de Bragança, composta por peças de arte e arqueologia; André de Resende (1500-1573), que recolheu cipos e lápides com inscrições romanas, árabes e hebraicas; padre Manuel Severim de Faria (1582?-1655), que continha um grande conjunto de vasos e outros artefactos romanos.
Podemos considerar que o primeiro museu português foi o Real Museu da Ajuda, criação do Marquês e Pombal para D. José I (1761-1788). Nesta altura esse museu ainda se revestia de um cariz privado, que servia tanto como prestígio para o rei detentor da coleção como tinha intenções formativas e educativas para o rei e a corte. Não esquecer que se vivia a era do iluminismo, e que a influência do Marquês de Pombal era forte em todos os domínios da vida política portuguesa. Este museu é também simbólico dessa intenção modernizadora de Portugal e do acompanhamento dos ideais filosóficos do iluminismo.
Referências bibliográficas:
Ramos, Paulo Oliveira (1993). Breve História do Museu em Portugal. In Trindade-Rocha (coord.) (1993), Iniciação à Museologia. Lisboa: Universidade Aberta.
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