O documentário "The Book of Man", da autoria de Daniel Leconte, exibido recentemente na RTP2 com a tradução de "O Grande Romance do Homem", ensaia-se uma história da pré-história da humanidade, desde os primeiros hominídeos até ao desenvolvimento da escrita, aquele momento em que, supostamente, nasce a história: fruto dos primeiros documentos escritos.
Homo Erectus - Zdenek Burian |
O documentário centra-se na linguagem humana que permite a diferenciação da espécie pela complexa capacidade de comunicar. Refere-se que a linguagem será tão antiga como o Homo Erectus, isto com base na teoria de que para produzir os primeiros bifaces seria necessário um desenvolvimento cerebral e de ordenamento do pensamento para executar esse tipo de tarefa precisa, meticulosa e fruto de planeamento, que só era viável se existissem as capacidades inerentes à linguagem. Esta visão é revolucionária, uma vez que se pensava que a linguagem tivesse surgido muito mais tarde.
Leconte refere também outra curiosidade. Partindo dos casos conhecidos de outros primatas em que a predisposição para o homicídio é real, a facilidade com que os primeiros hominídeos poderiam matar os seus semelhantes, com paus, pedras ou outros utensílios toscos mas letais, criou a necessidade de comunicar e estabelecer empatia de modo a garantir segurança, isto em espécies já habituadas a viver em sociedade. Ou seja, o comunicar poderia ser mais valioso para criar empatia e garantir segurança do que propriamente para transmitir informação.
Todas estas teorias, tal como outras que são explanadas neste documentário, salientam o grande desconhecimento sobre a nossa pré-história. Muitas conclusões resultam de explicações possíveis carregadas de grandes doses de incerteza, mas particularmente educativas, uma vez que muito falam e tentam explicar o porquê da nossa diferenciação enquanto espécie e a origem de comportamentos que ainda hoje apresentamos e manifestamos.
Leconte refere também outra curiosidade. Partindo dos casos conhecidos de outros primatas em que a predisposição para o homicídio é real, a facilidade com que os primeiros hominídeos poderiam matar os seus semelhantes, com paus, pedras ou outros utensílios toscos mas letais, criou a necessidade de comunicar e estabelecer empatia de modo a garantir segurança, isto em espécies já habituadas a viver em sociedade. Ou seja, o comunicar poderia ser mais valioso para criar empatia e garantir segurança do que propriamente para transmitir informação.
Todas estas teorias, tal como outras que são explanadas neste documentário, salientam o grande desconhecimento sobre a nossa pré-história. Muitas conclusões resultam de explicações possíveis carregadas de grandes doses de incerteza, mas particularmente educativas, uma vez que muito falam e tentam explicar o porquê da nossa diferenciação enquanto espécie e a origem de comportamentos que ainda hoje apresentamos e manifestamos.
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