quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Efeito Borboleta - O Filme


Ao pegar no DVD “Efeito Borboleta” – confesso – preparava-me para o ver já com algumas ideias pré-concebidas em mente. Contava que o filme tratasse algum tema relacionado com  teorias da conspiração, ou então contasse a história de um qualquer pequeno evento, insignificante, que pudesse causar no final do filme um grande e imprevisível acontecimento, contando especialmente que isso fosse uma grande catástrofe. Espera por uma história de traços ficcionais mas que traduzisse uma realidade credível e possível de acontecer na nossa realidade, ainda que pudesse ser "hollywoodescamente catastrófica". Ou seja, esperava que fosse uma demonstração, em grande escala, de um emaranhado de personagens e grandes eventos que envolvessem, de algum modo, o coletivo e a própria humanidade. Mas não se passsou nada disso.

O filme começa por citar um chavão e citação das teorias de Edward Lorenz, que, relacionando-as com a Teoria do Caos, alerta para que:  pequenas mudanças nas variáveis iniciais de sistemas complexos podem resultar em grandes efeitos de grande escala. No entanto, há que lembrar que as teorias de Lorenz eram de cariz climático, sendo a conhecida citação das asas da hipotética borboleta, que provocariam uma tempestade do outro lado do planeta, uma metáfora climática.
Voltando ao filme. Em o “Efeito Borboleta” a teoria do caos é adaptada à vida de um jovem, interpretado por Ashton Kutcher – provavelmente a sua melhor performance no cinema até hoje. O protagonista tem a capacidade de, através de inexplicáveis poderes, modificar acontecimentos e atos que teve no passado, podendo mudar assim o seu presente, no entanto sem controlar todas as consequência efeitos desencadeados por essas pequenas mudanças do passado. Não revelarei mais, mas digo ainda que o filme é rápido e violentamente emocionalmente, surpreendente, com cenas que quase chegam a assustar pela tensão que induzem, e empolgante até um final imprevisível.
Apesar deste filme ser uma tentativa demonstrativa muito parcial e particular das ideias subjacentes à teoria do caos, é um bom filme para exercícios de autorreflexão, que demonstram como atos simples podem condicionar toda uma vida, ou vidas.

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