quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Compêndio de curiosidades e tradições sobre casamentos


No ano passado, por volta desta altura, decidi, por razões particularmente pessoais, fazer uma pesquisa informal pela Internet sobre curiosidades e tradições associadas directamente e indirectamente aos casamentos. Assim resultou um pequeno compêndio de duas páginas destinado a encher com outros conteúdos algumas mesas. Muitas destas informações são mitos ou interpretações erróneas, algumas perto da verdade ou do que se sabe historicamente, outras são meras fantasias criadas para dar sentido a alguns comportamentos- ainda que tenha feito alguma filtragem. De qualquer dos modos, verdade ou mito, algumas destas explicações são divertidas e curiosas o suficiente para que sejamos levados a investigar sobre a sua veracidade. Fica então o dito compêndio, ordenado alfabeticamente. Agora é uma questão de investigar, ficando aqui a possibilidade para comentar, refutando ou reforçando com fontes credíveis, para quem quiser entrar nessa busca.
O Casamento - Adrien Moreu

Alianças
As alianças de casamento e de compromisso são usadas no quarto dedo, porque outrora no Egipto se pensava que uma veia nesse dedo estava directamente ligada ao coração. A aliança representa um circulo, ou seja, uma ligação perfeita entre o casal. O círculo representava para os Egípcios a eternidade, tal como o amor, que deveria durar para sempre.

Algo velho, novo, emprestado e azul
O ditado, "Algo velho, algo novo, algo emprestado e algo azul” é usado desde os tempos Victorianos. O “algo velho” representa os laços da família e a sua vida passada; "Algo novo" representa a sua nova vida juntos e os seus desejos de felicidade, prosperidade e sucesso; "algo emprestado" de uma mulher casada e feliz para emprestar a boa sorte; e "algo azul" representa a felicidade e a constança.

Atirar Arroz
A tradição de atirar grãos de arroz sobre os noivos, após a cerimónia nupcial, teve origem na China, onde um Mandarim quis mostrar a sua riqueza, fazendo com que o casamento da sua filha se realizasse sob uma "chuva" de arroz.

Brindes e bebidas
No Japão, o casal de noivos bebe 9 goles de sake, tornando-se marido e mulher a partir do primeiro gole.
Na China, a cor do amor é o vermelho, durante a cerimónia do casamento, o casal bebe vinho com mel de dois copos atados com uma fita vermelha.
As noivas do Médio Oriente pintam motivos henna nas suas mãos e pés para as proteger do mau-olhado. 
Os franceses muitas vezes fazem brindes num copo especial com duas pegas, especial para os noivos.

Beijo
Nos tempos romanos, o beijo selava o acordo do casal de assumir um compromisso para a vida.

Bolo de Casamento
A tradição do bolo de casamento remonta à antiga Roma, onde na cerimónia de casamento se partia um pedaço de pão sobre a cabeça da noiva para o bem da fertilidade.
O bolo da noiva é, desde há séculos, um símbolo de boa sorte e de festividade. No tempo dos Romanos, a noiva comia um pedaço de bolo, e exprimia o desejo de que nunca lhes faltasse o essencial para viverem.
A tradição do "tradicional" bolo de casamento empilhado, partiu de um jogo, onde a noiva e o noivo tentavam beijar-se por cima de um bolo, que se tornava cada vez maior, tentando não o derrubar.

Bouquet da noiva
O bouquet da noiva tem origem medieval. Nesta época, as mulheres levavam ervas aromáticas para afugentar os maus espíritos. Pouco a pouco, o ramo da noiva tornou-se um hábito em todos os casamentos e, com a passagem do tempo, acrescentaram-se significados às diferentes flores.
O bouquet pode ter surgido também na Grécia como uma espécie de amuleto contra o mau-olhado e, na sua confecção, era utilizado o alho.

Chover no casamento
De acordo com a tradição hindu, chover no dia do casamento é considerado um sinal de sorte.

Damas de Honor
As testemunhas, ou damas de honor exigidas num casamento romano, protegiam a noiva, vestindo-se de maneira semelhante a ela, enganado assim os maus espíritos, evitando o mau olhado e a inveja.

Dar o Nó
A expressão “dar o nó” vem de antigas tradições relativas aos casamentos Egípcios e Hindus, onde as mãos da noiva e do noivo são literalmente atadas, demonstrando o seu laço de união.

Diamantes
Diamantes sobre ouro ou prata, ficaram muito populares a formalizar um compromisso, devido aos Venezianos o terem feito, por volta início do século XVI.

Danças
Na Turquia, antes da noiva sair do local da cerimónia, pede às suas amigas solteiras para escreverem os seus nomes na sola dos seus sapatos. Depois da noite de dança, a tradição dita que a assinatura da pessoa que estiver mais gasta será a próxima pessoa a casar.

Data para casar

A popularidade dos casamentos em Junho descende da deusa Romana Juno, que era o deusa do casamento, do nascimento e do coração.
No Brasil, o mês preferido também é Maio, provavelmente, pela referência de Maya, Maria, mãe.

Despedidas de solteiro
As despedidas de solteiro foram originadas pelos soldados Espartanos, que se despediam dos seus dias de solteiros com uma festa desconcertante.
Em Portugal o típico vestido de casamento, antes do século vinte era tradicionalmente preto.

Evitar casar em família
Na tradição católica originalmente usava-se anunciar o casamento, afixando a intenção dos noivos, para assegurar que estes não eram família.

Flor na lapela
A tradição do casamento de o noivo usar uma flor no fato origina dos tempos medievais quando os cavaleiros usavam uma flor para simbolizar a pessoa amada como prova do seu amor. 

Levar a noiva ao colo

Os romanos carregavam a mulher no colo ao levá-la para casa, para evitar que ela tropeçasse, o que significava mau presságio.

Lua-de-Mel
A Lua-de-mel tem origem no povo germânico, pois era costume se casar na Lua Nova. Na cerimonia, os noivos bebiam uma mistura de água com mel para proporcionar boa sorte. 
O costume também poderia ter nascido em Roma: os convidados pingavam gotas de mel na porta de entrada da casa dos noivos para que estes tivesse uma "vida doce". 
Os judeus acreditam que casar na Lua Crescente é prenúncio de felicidade.
Outra opção é termo lua-de-mel vir também do tempo em que o casamento era um rapto, muitas vezes contra a vontade da rapariga. O homem apaixonado raptava a mulher e escondia-a durante um mês (de uma lua cheia até à outra) num lugar afastado. Durante esse período, tomavam uma bebida fermentada, à base de mel, que devia durar 28 dias, o tempo do mês lunar. 
A lua-de-mel, tal como a conhecemos hoje, tem origens nos hábitos ingleses do século XIX. O recém-casado passava uma época no campo para se libertar das obrigações sociais

Posição dos Noivos
A razão da noiva ficar sempre do lado esquerdo do seu noivo tem a sua origem nos anglo-saxões. O noivo, temendo a tentativa de rapto da noiva, deixava sempre o braço direito livre para tirar a sua espada.

Roubar a noiva e bater o pé
Na Finlândia existe a tradição do  roubo da noiva, feito pelo padrinho do noivo. Para a reaver, não necessariamente sóbria, o noivo terá de completar com sucesso uma ou mais tarefas. Também na Finlândia existe a tradição do "bater do pé": o casal deve bater o pé (com força) no momento em que a faca toca o fundo do prato do bolo. O primeiro a bater o pé demonstra logo aí quem manda em casa.

Sorte e Fertilidade

As ferraduras são consideradas objectos de boa sorte num casamento devido à sua forma em lua, que se diz símbolo da fertilidade.
Na Alemanha, a noiva transporta sal e pão no seu bolso para assegurar recompensa, o noivo transporta grãos de cereais, para dar saúde e sorte.
Os ingleses acreditam que se a noiva encontrar uma aranha no vestido de casamento, esta trará sorte ao casamento. 
Na Holanda planta-se um pinheiro fora da casa dos recém-casados, símbolo de fertilidade e de sorte.
 Uma noiva sueca costuma colocar uma moeda de prata oferecida pelo seu pai e uma moeda de ouro oferecida pela sua mãe, em cada sapato, assegurando que ela nunca passará sem eles.
Na Índia, o irmão do noivo atira com flores sobre o casal no fim da cerimónia para os proteger do mal.
No Egipto, para dar boa sorte, as mulheres egípcias beliscam a noiva no dia do seu casamento.
Na África do Sul, ambos os pais da noiva e do noivo, transportam fogo, simbolizando o fogo que passa dos seus corações acendendo um novo fogo no coração dos recém-casados.
As mulheres marroquinas tomam um banho de leite para se purificarem antes da cerimónia do casamento.

Vestido de Noiva
A tradição ocidental do vestido branco foi iniciada em 1840 em Inglaterra pela Rainha Victoria, no seu casamento com o príncipe Alberto. No Japão, o branco foi utilizado para as noivas, muito antes da Rainha Victoria o ter popularizado no mundo ocidental.
Na Dinamarca, as noivas e os noivos tradicionalmente trocam as roupas um com o outro, para confundir os maus espíritos.

Véu e grinalda da Noiva
O uso do véu da noiva era um costume da antiga Grécia. Os gregos acreditavam que a noiva, ao cobrir o rosto, ficava protegida do "mau-olhado" das mulheres e da cobiça dos homens. Tinha ainda um significado especial para a mulher: separava a vida de solteira da vida de casada e futura mãe. Hijab (véu), quer dizer, em árabe, "o que separa duas coisas".
O uso da grinalda permitia que a noiva se distinga dos convidados, fazendo com que se pareça com uma rainha. Tradicionalmente, quanto maior a grinalda, maior é o símbolo de status e de riqueza.

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