
Assim que comecei a visionar o filme percebi que tão altas referências tinham a sua justificação, algo que se sentia pelo que se via e ouvia à medida que a película ia rolando – metaforicamente falando é claro pois quase tudo hoje se passa através de meios digitais.
O filme é uma bela conjugação de sonoplastia com sons não naturais à acção mas que, aliados a uma banda sonora diversificada e bem original inserida em momentos precisos, conseguem acentuar a carga dramática e dar movimento ao filme, apesar de muitas das cenas serem lentas. Algumas cenas são dignas de ganhar distinção pela qualidade da fotografia, já outras parecem toscas e não tratadas – muito provavelmente assim apresentadas para caracterizar ambientes mais disfuncionais.
A acção parece desorganizada e quase confusa, mas quanto a mim é só mais uma técnica que o realizador utiliza para descrever os estados de espírito e psicológicos da personagem principal. No filme é dado grande foco às expressões faciais - aqui as expressões das personagens dizem mais que mil palavras.
Quanto à história, bem, sem revelar muito, trata-se de uma história que envolve um adolescente que é colocado numa situação trágica altamente improvável. Esse drama principal que nos é apresentado aloja-se no quotidiano de uma faixa etária muito específica – a adolescência – e numa época muito precisa – a actualidade.
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