Economia e Ecologia são termos que remetem para áreas de atividade por vezes tão distintas apesar de terem origem onomástica semelhante. Ou seja, ambos derivam da palavra grega Oikos, que significa casa. A economia será então, traduzindo literalmente, “a gestao da casa” que será “Oikos + Nomos”, sendo que Nomos significa Lei/costume/gestão. A ecologia será então, traduzido literalmente, “o estudo da casa” que será “oikos + logos”, sendo que Logos significa conhecimento.
Esta constatação onomástica (origem dos nomes) levanta, no mínimo, muitas questões. Se o objecto - Oikos, a casa - é o mesmo porque será que estas duas áreas de conhecimento tantas vezes andam em conflito e lados opostos, defendendo visões, praticas e atitudes nem sempre compatíveis. Se a “ lei ou gestão da casa” anda longe do “conhecimento da casa” a casa não pode estar “arrumada”. Hoje em dia, o conceito da sustentabilidade tem vindo a aproximar as duas áreas, uma vez que ambas recorrem a ele e ele próprio só se concretiza na sua plenitude se a sustentabilidade for financeira e ambiental (tal como outras possíveis vertentes, com tendência para o alargamento do conceito).
Ambientalistas como Satish Kumar, entre outros, têm lutado pela aproximação entre economia e ecologia, sendo que coloca a primeira a depender da segunda, defendendo que “para se gerir uma casa é preciso conhece-la primeiro”. Ou seja, para que se faça economia é preciso primeiro fazer ecologia.
Para além dos jogos de palavras em que podemos cair, a aproximação entre economia e ecologia, independentemente de uma eventual guerra pela supremacia disciplinar, é o um caminho inevitável para garantir a sustentabilidade. Garante-se assim, supostamente, a dimensão ambiental e económica das actividades humanas.
Felizmente a tendência será a aproximação entre economia e ambiente, felizmente para todos nós e para as gerações futuras.
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Título desconhecido - Walt Kuhn |
Ambientalistas como Satish Kumar, entre outros, têm lutado pela aproximação entre economia e ecologia, sendo que coloca a primeira a depender da segunda, defendendo que “para se gerir uma casa é preciso conhece-la primeiro”. Ou seja, para que se faça economia é preciso primeiro fazer ecologia.
Para além dos jogos de palavras em que podemos cair, a aproximação entre economia e ecologia, independentemente de uma eventual guerra pela supremacia disciplinar, é o um caminho inevitável para garantir a sustentabilidade. Garante-se assim, supostamente, a dimensão ambiental e económica das actividades humanas.
Felizmente a tendência será a aproximação entre economia e ambiente, felizmente para todos nós e para as gerações futuras.
Nota: um agradecimento à Telma Fontes pela indicação do ambientalista Satish Kumar para citação neste texto.
Referências bibliográficas:
- Antonioni, Peter; Flynn , Sean Masaki. “Economia para totós”. Porto Editora, 2011.
- Badra, Marcos Alejandro. “Economia versus Ecologia”. Meio Ambiente & Sustentabilidade – uma nova forma de ver o mundo. Disponível em: http://marcosbadra.com/2012/05/18/economia-versus-ecologia/
- Ecologia, Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ecologia
- Economia. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Economia
- Kumar, Satish. “Nature Crunch”. Resurgence & Ecologist, disponível em: http://www.resurgence.org/magazine/article2691-nature-crunch.htmlNature Crunch
- Rees. William. “William Rees - The Dangerous Disconnect Between Economics and Ecology”. Istitute os new economic thinking, disponível em: http://ineteconomics.org/video/interview/william-rees-dangerous-disconnect-between-economics-and-ecology.