quarta-feira, 28 de abril de 2010

A Idade Média: O berço do Capitalismo

É comum descrever a “Idade Média” na Europa - período entre a queda do Império Romano do Ocidente (476 d.C.) e a Queda de Constantinopla (1453 d.C.) - como a “Idade das Trevas”, possivelmente em oposição à posterior "Época das Luzes". No entanto, se estudarmos minimamente a Idade Média, podemos concluir que não foi assim tão negra e que o Renascimento não foi assim tão revolucionário, mas na prática uma evolução gradual, possível à medida que na Europa se iam pacificando os povos, estruturando as sociedades, e estabelecendo Estados mais fortes e organizados. Tendo também contribuído para isso o fim do Império Bizantino (queda de Constantinopla às mão dos Turcos Otomanos) para um afluxo de gentes de saber e ciência à Europa ocidental.
 Também as cruzadas, apesar de inaceitáveis do ponto de vista moral contemporâneo, fizeram abrir a Europa Medieval ao mundo, fomentando as trocas culturais e comerciais com o Levante e Oriente, nesta altura muito mais ricos e cultos que a Europa de então.

O Casal Arnolfini - Jan van Eyck
Uma das mudanças mais importantes que se deram na Europa entre o século XII e XIV foi a mutação do sistema feudal, assente num sistema hierárquico de senhores e vassalos, para um sistema proto-capitalista, baseado na moeda e capital.
Na obra “Expansão Portuguesa Quatrocentista”, do professor Vitorino Magalhães Godinho, é apresentada uma explicação para este processo - das mais concisas e perceptíveis que já li, mesmo para leigos como eu nestas matérias, sobre a mudança económica ocorrida na Europa Medieval. Passo a citar. “[…]Quando o aumento das populações urbanas solicitou maior produção agrícola, os senhores apreenderam o arroteamento das terras, incitaram a intensificação da cultura e para isso viram-se forçados a transformar o trabalho servil, pouco produtivo, em trabalho livre, e a substituir, pelo menos parcialmente, as entregas em géneros e as prestações de serviços por rendas em dinheiro. Mas, deste modo, conquando não estejam mais dependentes directamente da abundância ou escassez das colheitas, ficam sujeitos às flutuações dos preços, salários e poder de compra da moeda[…]”.

São desta época a invenção de produtos financeiros tão conhecidos como: Seguros, Créditos, Hipotecas, Letras, Fundos de Investimento, Sociedades por cotas, entre outras.

A idade Média pode ter sido rica em superstições e intolerâncias, ignorância, medos e misticismos, mas por outro lado, foi dela que surgiu a génese dos sistemas socioeconómicos em que hoje vivemos, incluindo asmas sementes dos Estados Europeus actuais.

Dum ponto de vista conceptual político - que arrisco apresentar em jeito humurado -, pode considerar-se “Idade das Trevas”, principalmente para quem defender as teses e ideologias Socialistas extremas e o próprio Comunismo, uma vez que foi nesta altura que surgiu o Capitalismo.

domingo, 25 de abril de 2010

25 de Abril: uma revolução mais militar que política

No dia em que se celebra o 25 de Abril, o acontecimento que tornou possível a Portugal integrar o grupo de países democráticos, pondo assim fim a uma ditadura totalitarista e fascista de mais de 40 anos, há que tentar analisar a natureza do acontecimento e a revolução em causa, sem tentar entrar em lugares comuns e redundâncias - o que não é fácil.
Há quem afirme que neste dia se fez uma revolução com fins puramente políticos. Esta ideia pode não ser completamente verdadeira, pois sabe-se que a revolução foi, acima de tudo e sem margem para qualquer dúvida, uma revolução militar. Sabe-se que foi uma revolta encetada e comandada por oficiais do exército (capitães), isto porque discordavam das políticas militares que o governo de então tomava. Sendo uma dos principais motivos de discórdia o modo como se ascendia  às patentes intermédias e superiores de oficiais nas forças armadas.
Independentemente disso, estes corajosos homens, os chamados “Capitães de Abril”, levaram a cabo uma revolução e mudança de governo em 1974, algo que uma grande parte da população já desejava. A nossa gratidão para com eles deve ser grande e sincera. No entanto foram as conturbações “pós 25 de Abril”, os tumultos, a instabilidade política, a luta pelos ideias democráticos e da liberdade que permitiram verdadeiramente a implementação da democracia em Portugal.
Cravo, lírio, lírio e rosa - John Singer Sargent
Em suma, o 25 de Abril foi uma revolução militar, mas que trouxe consequências políticas e que obrigaram o País a dar o salto em frente rumo à democracia.
O melhor modo de celebrar este marcante acontecimento, e a democracia que dele brotou ,é com acção no dia-a-dia e não só festejando um feriado nacional com saudosismo.

O bem precioso que é a democracia, metaforicamente falando, pode ser visto como um jardim sempre a necessitar de cuidados constantes, de jardineiros apetrechados das ferramentas do espírito cívico e da liberdade. Assim se deve festejar a democracia, que, afinal de contas, até se quer e deve ser participativa.
Viva o 25 de Abril e as oportunidades que dele resultaram!

sexta-feira, 23 de abril de 2010

O conceito paradoxal do automobilis (automovel)

Etimologicamente a palavra automóvel deriva da junção de duas distintas palavras: auto que significa por si próprio em Grego e mobilis que significa mobilidade em Latim. Assim sendo, automóvel significa mobilidade autónoma. Actualmente, o uso excessivo da mobilidade autónoma (automóvel) causa-nos, por si só, problemas de mobilidade, sendo que em muitos casos quase nos aproxima do estatismo.
Mulheres a correr na praia - Picasso
  A incapacidade de deslocação através de meios próprios e veículos privados num sistema que é público deve suscitar-nos meditação, quer ao nível dos transportes quer ao nível da organização social. Tal como em outros assuntos que resultam da vivência em sociedade, o modo como nos deslocamos tem grande influência na organização social. Qualquer sociedade conhecida tem regras e esferas de valor (ou a ausência delas como regra própria) que são seguidas, parcial ou efectivamente, pelos seus membros. Assim como as sociedades ao longo da História se foram modificando e metamorfoseando, também o modo como nos deslocaremos no futuro irá forçosamente mudar. No passado o automóvel foi um agente democratizador e de liberdade, mas hoje o seu uso excessivo, com base no sentimento do direito pessoal à movimentação sem limitações, está a provocar novos problemas que influenciam cada vez mais o domínio colectivo. Simplesmente não existe espaço suficiente para todos os veículos automóveis, combustível fóssil para queimarmos eternamente, nem um  ambiente capaz de se regenerar à velocidade dos ataques que vai sofrendo por essa via. Nesta matéria teremos todos de abdicar um pouco do nosso suposto direito ao transporte privado, de recusarmos o uso insustentável e desmesurado do automóvel, em proveito de uma melhoria geral da eficiência e capacidade dos sistemas de transportes no geral. Pois se assim não for os níveis de serviço e qualidade dos transportes continuarão a baixar, até um limite em que ninguém mais se conseguirá fazer transportar de um modo cómodo, rápido e ambientalmente sustentável. 
O sector dos transportes é o segundo mais poluidor a nível mundial, sendo que esses efeitos, para além de terem grandes impactes Ambientais (algo que qualquer leigo identifica), afectam também directamente a saúde dos seres Humanos e toda a fauna, através das emissões de combustão (Partículas, NOx, SO4, etc.), infra-estruturas necessárias (construção e manutenção de vias de comunicação), processos de fabrico e de fim de vida das viaturas (extracção de matérias primas, processos de produção, veículos e componentes enquanto resíduos), entre outros.
No futuro será imperativo optar pela mobilidade sustentável e não pela mobilidade assente simplesmente em critérios de “maior quantidade e maior velocidade”, advindo dai um futuro melhor do que o perspectivado se mantivermos os mesmos padrões de consumo e utilização dos transportes.
A mobilidade sustentável passa por uma alterações e aplicação de tecnologias e modos de organização que descobriremos no futuro, mas principalmente, a curto e médio prazo, por algumas soluções que já conhecemos, entre elas:
•   Uso de transportes públicos;
•   Car sharing e Car pulling (partilha de automóveis);
•   Uso de transportes alternativos, de acordo com o tipo e distância de viagem (bicicleta, deslocação pedestre);
• Uso de veículos mais eficientes, de menores dimensões, e que recorram a combustíveis alternativos renováveis e menos poluentes (H2, Fuel-cell, Biocombustíveis, electricidade, etc.) .
• Redução das necessidades de deslocação pela reorganização dos usos dos solos e da capacidade de fazer mais coisas à distância.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Um SPAM não intencional

Rosa a vermelha - Toulouse Lautrec
Notei que alguns comentários ao blogue estavam a  ser enviados pela minha caixa de correio electrónico directamente para a pasta de SPAM. Só consegui recuperar um deles. Peço desculpa por esta falha, estarei atento a partir de agora.
Não deixa de ser curioso esta situação porque até já abordei aqui a origem do termo SPAM.
 Aqui fica o link para esse texto já com alguns meses sobre o SPAM:  SPAM, quem o inventou?

Esta questão em volta do SPAM faz-me reflectir sobre a sociedade contemporânea. Quantos de nós, à semelhança da minha caixa de correio, temos este tipo de comportamento automatizado quando lidamos com pessoas. Quantas delas enviamos directamente para a nossa "pasta de SPAM relacional" sem lhes darmos a hipótese de comprovarem que a nossa avaliação superficial, e algumas vezes com base no preconceito, estava errada?

Bem, há que fazer uma ressalva, nem tudo  no que toca ao recurso aos preconceitos é negativo. Um preconceito pode ser uma forma de transmissão de saber, um mecanismo de defesa, que pode prevenir muitos dissabores e más experiências. Mas enquanto seres sapientes, ou pelo menos com capacidade para tal, devemos sempre saber avaliar esses saberes pré-feitos.

terça-feira, 13 de abril de 2010

A manipulação Histórica como arma de propaganda política no Estado Novo

As minhas mais recentes leituras têm incidido numa obra singular sobre a História Nacional. Essa obra, há poucos anos reeditada (2008), é por si só parte da História do século XX Português, especialmente no que toca ao comprovar da acção de apropriação e manipulação da História para fins de propaganda Política durante o Estado Novo.
Refiro-me à obra «Expansão Quatrocentista Portuguesa», do historiador Vitorino Magalhães Godinho. Esse livro foi fruto de um estudo originalmente encomendado a esse Historiador em 1960, no âmbito das homenagens comemorativas dos 500 anos da morte do Infante D. Henrique, através da, especialmente criada para o efeito, “Comissão Henriquina”. O estudo em causa foi recusado pela comissão. Apesar de lhe atribuir mérito académico, considerava-o demasiado economicista, até mesmo marxista. Esta censura impediu que a primeira edição circulasse livremente, pois nela os Descobrimentos Portugueses não coincidiam com a visão que o Estado Novo queria transmitir. A obra atribui ao mercantilismo e busca por novas riquezas e territórios como sendo a principal razão para a expansão nacional, ao contrário prescrito pelo regime de Salazar: sentido de cruzada, de expansão da fé e da curiosidade científica (algo que colocava os Portugueses na vanguarda da ciência na época).
Painéis de S. Vicente - Nuno Gonçalves
Este acontecimento, que passou facilmente despercebido nos anos 60 do anterior século, é apenas mais uma das provas de como a História tem vindo a ser manipulada e alterada de acordo com o poder instituído da época em que se escreve, daí  serde tão difícil a compreensão fidedigna de alguns dos acontecimentos do passado (mesmo do mais recente). Hoje em dia os investigadores e historiadores, de modo a evitarem o uso exclusivo de fontes escritas que podem ser premeditadamente falsas, trabalham em equipas pluridisciplinares (com geólogos, arqueólogos, antropólogos, biólogos, climatologistas, entre muitos outros) e a recorrem a diferentes áreas do saber e metodologias de investigação. Só assim os estudiosos da História se poderão aproximar, o mais possível, recorrendo a métodos e técnicas científicas, dos eventos tal qual aconteceram.
Estas formas de trabalhar e investigar têm especial interesse para todos nós, pois podemos, à medida que os estudos vão dando os seus frutos, compreender melhor o nosso Passado, afastando fabricações e propagandas mascaradas de factos Históricos.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

O Português, uma obra de arte cubista

Ao folhear uma das minhas últimas aquisições livrescas, neste caso uma recente e muito bem ilustrada enciclopédia sobre arte (Arte – Grande enciclopédia, da editora civilização), deparei-me com uma pintura curiosa que me despertou a atenção. O que mais me surpreendeu foi o seu título. Essa pintura tem o nome de “Le Portugais (Emigrant)”, da autoria de George Braque, contemporâneo e companheiro de Picasso durante o desenvolvimento do cubismo. Braque pintou esta obra em 1911, segundo a estética cubista (movimento artístico e estético vanguardista na época, que ele próprio contribuiu para implementar e desenvolver), que retrata um Emigrante Português em Paris, notando-se na pintura os traços de uma guitarra.

O Português (emigrante) - Braque
Podemos concluir que no inicio do século XX já os Portugueses, ao seu jeito, faziam parte da cosmopolita Paris, por essa altura a cidade mais importante do mundo no que toca às artes e cultura.

Esta obra, de um grande pintor como Braque, é sinal de que os nossos compatriotas eram reconhecidos e estavam entre os artistas vanguardistas da época.

domingo, 4 de abril de 2010

Porque temos ovos e coelhos na Páscoa?

A Páscoa é actualmente uma das mais importantes celebrações do calendário Cristão, tendo a sua génese uma indiscutível relação com as festividades Judaicas. No entanto, não se trata somente de uma festividade Judaico-cristã, basta recordamo-nos e tentarmos encaixar os Ovos e Coelho da Páscoa nestas festividades religiosas que dificilmente encontramos uma relação.

O termo “Páscoa” deriva do hebraico “Pessach”, sendo que no Pessach se celebra a libertação da escravidão dos Judeus sob o poder Egípcio, tendo Moisés liderado a revolta essa fuga por volta do XIII séc. a.C., pelo menos assim reza o Tora e o Antigo Testamento. Por coincidência, ou não, a Pascoa Cristã celebra a morte e ressurreição de Jesus, que, segundo o Novo Testamento, foi crucificado durante as celebrações da Pessach Hebraica, isto quando o próprio Jesus a celebrava em Jerusalém, ou não fosse ele um Judeu devoto.

A metamorfose de narciso - Dalí

Mas existem também inegáveis influências da mitologia nórdica no modo como se festeja actualmente a Páscoa no Ocidente. São de origem Saxónica a introdução do coelho e ovos da Páscoa. Esses objectos faziam parte da iconografia associada à Deusa Saxónica da FertilidadeEastre” ou “Eostre”, coincidindo as celebrações primaveris em sua honra com as festividades judaico-cristãs - o que afinal até pode ter sido algo adaptado por razões de assimilação de diferentes crenças. Quando os Saxões invadiram a Bretanha romana (Grã-Bretanha actual) no séc. V d.C. difundiram esses cultos. Posteriormente, da fusão Cristã e Pagã surgiu a Páscoa Anglo-saxónica intitulada de “Easter”, de onde se destacam os coelhos felpudos e os ovos coloridos.

Na obra “the complete encyclopedia of signs & simbols”, da autoria de Mark O´connell e Raje Airey, consta uma teoria para a associação entre os ovos e o coelho da tradição saxónica. Segundo estes autores essa associação resulta de uma lenda antiga: A Deusa Eastre num certo Inverno resolveu transformar uma das aves que normalmente migravam para Sul num coelho, para assim poder sobreviver ao Inverno, evitando a migração. A ave, que agora tinha a forma de coelho, em sinal de agradecimento continuou todas as Primaveras a pôr ovos. Este acto, símbolo máximo da fertilidade, constituía a maior honra que se poderia fazer a uma Deusa da fertilidade, nesta caso uma honra a Eastre. 

Há algumas décadas estas tradições pascais do norte da Europa tinham pouca implementação em Portugal, mas quando o país se abriu à influência estrangeira, especialmente à Anglo-saxónica, os coelhos e ovos de Páscoa invadiram a tradicional Páscoa Portuguesa com belas cores e formas.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Humor na religião, um modo de estar em liberdade

Há quem afirme a plenos pulmões, para certos temas: "Com isso não se brinca". Essas posições defendem que se deve manter uma barreira, que jamais deve ser ultrapassada, entre o que realmente é sério e o que é humorismo.
Por outro lado há quem defenda que qualquer tema ou assunto é passível de ser parodiado. Mas a prudência pode sugerir que se definam limites, ainda que seja difícil saber onde os traçar. Ficamos sempre sujeitos à subjectividade pessoal, tal como a outras influências externas de vária ordem e natureza. Assim sendo, tal como deve haver respeito por quem não se quer envolver em paródias, também devem haver o respeito por aqueles que apreciam paródias mais vanguardistas. No fundo, uma separação onde se evite o choque de valores, mas que permita a interacção voluntária não agressiva a quem queira conhecer pontos de vista e ideias distintas. Tudo isto tendo em vista as liberdades individuais (crenças, expressão, associativismo, etc.).

A dança - Matisse
Em alguns casos, uma abordagem baseada no humor pode ser a mais frutuosa, especialmente quando se pretende passar uma mensagem ou despertar consciências. No entanto, o uso ou não do humor para tratar temas ditos ‘sérios’, controversos ou sensíveis (de acordo com as susceptibilidades de cada um), pode contribuir para uma mistura explosiva, resultando invariavelmente em intolerância e até mesmo em violência. Esse potencial negativo tende a ser agravado sempre que não se consideram, de um modo conjunto, os vários factores que influenciam o modo como se faz humor: meios e modo de transmissão; público-alvo; envolvente e contexto; bom-senso e inteligência (intelectual, emocional, etc.) dos humoristas.
.
Este texto, um pouco vago, tem como objectivo tentar desmistificar o humor quando usado para abordar temáticas mais delicadas, neste caso: Religiões. Na revista “Courrier Internacional” do mês de Março surge um artigo, publicado originalmente no “El País”, da autoria de Juan G. Bedoya, intitulado de “Santa Gargalhada”, sobre uma obra lançada em Espanha que trata o humor e a religião. Nesta obra, crentes de várias religiões, e até mesmo ateus, contam anedotas sobre si próprios, sobre as suas tradições, valores, comportamentos e crenças. Deste modo é possível fazer humor com a religião, evitando a ofensa e cultivando um verdadeiro espírito de tolerância.
De seguida, alguns exemplos das anedotas que constam do artigo original, organizadas por grupos, religiões, movimentos ou filosofias de vida.

Judeus
“Um filho pergunta ao pai:
- Pai o que é a ética?
O pai, comerciante, responde:
A ética é o seguinte: Imagina que entra uma cliente na loja, compra umas calças de ganga que custam 50 €, engana-se, dá-me uma nota de 100 € e vai-se embora. A ética é: conto ao meu sócio ou não?”

Cristãos
“Três padres conversam sobre os problemas que têm com os morcegos nas suas respectivas igrejas e as maneiras de os afugentarem.
O primeiro diz:
- Peguei numa espingarda e crivei-os de tiros, mas a única coisa que consegui foi encher as paredes de buracos.
O segundo diz:
- Eu pus veneno e desapareceram, mas depois voltaram.
O terceiro, a sorrir, diz:
- Eu tenho a solução. Baptizei-os, fi-los membros da igreja e falei-lhes da dízima. Nunca mais voltaram.”

“Uma senhora de muita fé estava a ler o jornal e diz:
- Este conflito na Palestina! Estes Judeus e Muçulmanos…! Porque não resolvem as coisas como bons cristãos?”

Zen
“Perguntaram a um monge zen:
- Mestre, diga-me: o que há depois da morte?
- Não sei. Responde o sábio.
Pensámos que o senhor era sábio…
Sábio talvez, mas morto não.”

Ateus
“Dois ateus encontram-se. Diz um deles:
- Estive um dia destes na biblioteca e li um livro intitulado A Bíblia.
- Ah sim? E é sobre o quê?
- Pois olha, é sobre um tal Jesus que tinha um amigo chamado Lázaro. Um dia, estava ele a viajar, o tal amigo morre. E quando Jesus voltou à aldeia, o ta Lázaro estava enterrado há três dias. Vai daí, Jesus abre o sepulcro toma-lhe o pulso, procura respiração, faz-lhe massagem casdíaca, experimenta um desfibrilhador, chama a ambulância, leva-o rapidamente para um hospital, põe-no a soro e.. amigo ressuscita!
Diz o outro:
- Não acredito!
Caramba! Estou-te a explicar tal qual está no livro…”

“O bispo chama um padre de aldeia e repreende-o:
- Celebrares missa com calças de ganga em vez de sotaia… não faz mal! Que uses camisas havaianas… passa! Que prendas o cabelo num rabo-de-cavalo… não comento! Que uses brinco… consigo suportar! Que uses um piercing no umbigo… fecho os olhos! Mas esta agora não tolero. Não estou disposto a que, durante a Semana Santa, vás de férias e pendures um cartaz na porta do igreja a dizer ‘Fechado por morte do filho do chefe’. Isso não aceito!

Muçulmanos
“Um dia um mulá vai passear no seu burro, por quem tinha grande estima. Parou para descansar e adormeceu. Quando acordou, viu que o asno tinha desaparecido, mas em vez do ir procurar, voltou gritando euforicamente.
- Louvado seja Deus, louvado seja Deus!
As pessoas aproximaram-se, admiradas.
- O que é que aconteceu? Porque estás tão contente? Perguntavam as pessoas.
- Porque o meu burro se perdeu.
- Oh homem… mas tu gostas tanto do burro, devias estar triste!
O mulá respondeu:
- Não percebem nada, ignorantes. Dou graças a Deus porque o burro se perdeu quando eu não estava em cima dele!”

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A Busca pela sabedoria - criado em Agosto de 2009 por Micael Sousa



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